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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2013. 103 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-745455

RESUMO

Diante das crises energética e ambiental, vem-se impulsionando a produção de agrocombustíveis no mundo, sendo estes uma suposta solução por ser uma energia renovável, limpa e menos emissora de gases de efeito estufa. Nesse panorama, o Brasil desempenha um papel central devido à disponibilidade de terras agricultáveis e clima favorável. No entanto, uma série de controvérsias vem ganhando força por conta dos impactos ambientais, sociais e à saúde, sendo um dos pontos mais críticos a questão da competição por alimentos – a qual o Plano Nacional de Agroenergia (PNA) defende que não haverá impactos. Dito isso, o presente trabalho tem como objetivo investigar em que medida a expansão dos agrocombustíveis pode estar impactando a produção de alimentos e contribuindo negativamente para a segurança alimentar. No primeiro capítulo, faz-se uma revisão dos principais impactos ambientais e à saúde, com foco na cultura da cana-de-açúcar. Em seguida, apresenta-se as distintas correntes ambientalistas e seus posicionamentos diante dos agrocombustíveis, buscando uma aproximação entre a justiça ambiental e o campo da saúde. Por fim, faz-se um estudo de caso no estado de Goiás, visando uma compreensão dos possíveis impactos sobre a produção de alimentos em razão da expansão recente de cana-de-açúcar neste estado.Conclui-se que, no estado de Goiás, a expansão da cana-de-açúcar vem sendo responsável por: 1) substituição de áreas cultivadas, sobretudo o arroz; 2) transformação dos modos de produção familiar ou camponesa em modos mais intensivos em tecnologia, criando riscos ambientais e à saúde. Em suma, vê-se acontecer a expansão de um modelo de agricultura voltada para a produção de combustíveis e mais dependente de insumos e tecnologias, na contra-mão de uma agricultura local e voltada para o abastecimento, reforçando uma lógica onde os recursos ambientais são canalizados para a satisfação do mercado, em detrimento das demandas da população como um todo...


The energy and environmental crises are driving the production of biofuels inthe world, which are a supposed to be a solution for renewable energy, clean andemitting less greenhouse gases. In this scenario, Brazil plays a central role due to theavailability of arable land and favorable climate. However, a series of controversies hasbeen gaining strength on account of environmental, social and health, being one of themost critical the issue of competition for food - which the National Agroenergy Plan(NAP) says that there will be no impacts. That said, this study aims to investigate inwhat extent the expansion of agrofuels may be impacting food production andcontributing negatively to food security. The first chapter is a review of keyenvironmental impacts and health, focusing on the culture of sugar cane. Then, wepresent the different currents environmentalists and their positions on agrofuels, seekinga rapprochement between environmental justice and health. Finally, it is a case study inthe state of Goiás, seeking an understanding of the potential impacts on food productiondue to the recent expansion of cane sugar in this state. We conclude that, in the state ofGoiás, the expansion of sugar cane has been responsiblefor: 1) replacing farmland,mainly rice; 2) transformation of modes of production or peasant family in ways moretechnology-intensive, creating environmental and health risks. In short, it is taking placean expansion of an agricultural model focused on the production of fuels and moredependent on goods and technology, against the tide of a local agriculture and focusedon the supply, reinforcing a logic where environmental resources are channeled tosatisfy the market forces instead of the population demands as a whole...


Assuntos
Humanos , Meio Ambiente , Riscos Ambientais , Segurança Alimentar , Impactos da Poluição na Saúde , Combustíveis não Poluentes , Saccharum , Justiça Social , Energia não Convencional
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